A primeira Refeno
Depois de escrever sobre O primeiro Barco e O primeiro Vendaval resolvi fazer uma série. É como aquela propaganda que diz que o primeiro a gente nunca esquece. Aqui está nossa primeira Refeno, depois eu conto a primeira travessia do Atlântico, o primeiro delivery, e por aí vai…
Em junho de 1999 largamos as amarras do MaraCatu do Clube Naval Charitas no Rio e subimos a costa devagarzinho com destino ao Nordeste. Nosso objetivo era correr, ou melhor, participar da mítica Regata Recife Noronha, ou Refeno para os íntimos (na época não tinha o Internacional no nome).
Lembro até hoje. As tripulações que fomos conhecendo antes de Recife, o clima de festa na semana que antecede a largada, Seu Hélio tentando organizar a teia de aranha formada pelos barcos no Cabanga, os encontros regados a uísque no “Palhoção” (quanta saudade de Couceiro), a apresentação folclórica do maracatu no jantar da quinta-feira, o café da manhã no PIC, os bons amigos que fizemos…
A regata em si foi boa. A largada, que era na Praia de Boa Viagem, foi com um Leste que depois virou para Sueste de uns 18 nós. Enfrentamos poucos pirajás e o mais incômodo foi a primeira noite com o mar coalhado de espinhéis. Mas o mais chato foi perder a aposta com Ivan do Taai-Fung II (um Samoa 29’ irmão gêmeo do MaraCatu) que chegou na frente e tive que pagar uma caixa de cervejas. Também, a comandante Mara me obrigava a diminuir as velas em todas as refeições! Quero fazer uma regata confortável, me dizia como argumento definitivo.
Na última hora antes da largada embarcamos o novo amigo de infância Valter Garcia que ia escrever umas matérias sobre a ilha. Chegamos em Noronha depois de velejar 53 horas e nossas avarias foram só duas luminárias do teto quebradas. Valtão tem 1,80m de altura e o MaraCatu tem um pé direito de 1,77m.
Já foi dito que o mar nivela as pessoas. Na ilha, quando a gente encontra um outro tripulante, seja o comandante da máquina de regatas que foi o “fita azul” ou o marinheiro de primeira viagem do barco que fechou a raia, somos um igual: passamos pelo mesmo mar, vivenciamos experiências semelhantes, tivemos alegrias parecidas.
A Refeno é organizada pelo Cabanga Iate Clube, larga dia 27 de setembro e nós vamos.
Este post é dedicado ao velejador pernambucano Couceiro, que infelizmente não está mais entre nós e agora veleja por outros mares.
O troféu Edivaldo Couceiro
http://www.cabanga.com.br/ver_noticia.php?noticia=081002_1
foto: Hector Echebaster – tripulação do Ave Rara
A festa de premiação dos vencedores da Refeno foi um sucesso. Começou por volta das 19h com show – voz e violão – de Ângelo Loyo. às 20h, o mestre de cerimônia Cristiano Régis anunciou os prêmios especiais da XX Regata Recife – Fernando de Noronha.
O tripulante mais jovem – Pedro Manoel Lima Barbosa, de 3 anos e a mais velha de toda a regata – Olga Danilenco Gallego, de 79 anos e 4 meses – os dois do veleiro Triunfo II, ganharam troféus. A primeira mulher a cruzar a linha de chegada foi Luzimeire Lima. A primeira e até agora única mulher a embarcar sozinha na Refeno, Izabel Pimentel, também foi premiada. O penúltimo a cruzar a linha de chegada – o Avoante I – ganhou o troféu “Tartaruga Marinha”. A tripulação com a maior média de idade foi o Al´Nair – levou para casa o troféu “Barco a Velho”. A mesma embarcação levou também o troféu de barco que veio do local mais distante – Suiça – a 4.500 milhas. Depois foi a vez dos primeiros veleiros do Rio Grande do Norte – Jazz II, Paraíba – Acauã e Alagoas – Talisman serem premiados. O primeiro barco que chegou a Noronha com um comandante membro da ABVC foi o Gosdo D´Àgua. A primeira embarcação do Crucero de la Amistad a chegar foi Cenizo. E o troféu “Pato da Refeno” ficou para o comandante do Horizonte, Antônio Carlos Aricó, que precisou dar 4 bordos para conseguir passar na linha de chegada. O troféu Edivaldo Couceiro foi para o monocasco Tomgape e para o multicasco Ave Rara – primeiros monocasco e multicasco pernambucanos a cruzarem a linha de chegada. O troféu Nilson Campos ficou com o veleiro Makai – O Multishine Voador. Theo e Lívia Chaves Marcolin , as crianças do veleiro Ilha do Mel, levaram o prêmio desbravadores mirins, pois darão a volta ao mundo. E o troféu Carlos Alberto Ciarlini ficou com o veleiro Aratu. Também receberam prêmios especiais “Amigos da Refeno” vários colaboradores da regata. A empresa Nautos – maior empresa de produtos náuticos do país cedeu prêmios que foram sorteados entre os velejadores da Refeno.
Depois foi vez dos vencedores. O Adrenalina Pura, da Bahia, foi o fita azul multicasco e o Maximus, o fita azul monocasco. Dezoito categorias foram premiadas, com troféus para todos os tripulantes que ficaram em 1º, 2º e 3º lugares. O Ave Rara, de Pernambuco, ficou com o primeiro lugar na Multicasco C. A animação tomou conta dos vencedores. Muitos levaram a bandeira do estado que representam ao palco. Mas a festa só estava começando. A praia ficou lotada até a madruga
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’08_09_27_REFENO2008
http://picasaweb.google.com.br/trpcouceiro.br/08_09_27_REFENO2008?authkey=vl01DTyWPJ0#
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Tarciso,
Você é parente do Couceiro, o amigo velejador e sócio do Cabanga que foi homenageado in memorium com a criação do troféu Edivaldo Couceiro?
Bons ventos sempre
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EU SOU FILHA DE COUCEIRO E PRIMA DE TARCISIO,FIQUEI MUITO FELIZ EM SABER DESTA HOMENAGEM, NA OCASIÃO MANDEI UM CD COM ALGUMAS FOTOS DE PAPAI E LÚCIA ME FALOU QUE CONSEGUERIA PRA MIM UMA FITA COM A HOMENAGEM FEITA À ELE EM F DE NORONHA, ACHO QUE ELA ESQUECEU, SE ALGUÉM PUDER ME ENVIAR SERIA MUITO BOM.ESSA REGATA É A CARA DELE.ELE SÓ DEU UM TEMPO ENTRE NÓS ATÉ NOS REENCONTRARMOS, E ENQUANTO ISSO DELEGOU AO MAR A TAREFA DE SUBSTITUÍ-LO NOS TRAZENDO MUITA ALEGRIA. COM CERTEZA ELE FICOU RADIANTE COM ESSA HOMENAGEM,OBRIGADA.
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Ana Paula,
Esta foi uma singela homenagem. A maior são as boas lembranças, que todos os velejadores que conviveram com ele têem e contam sempre: os “causos”, os porres tomados juntos, as reuniões no palhoção, as boas risadas…
Realmente a Refeno é a cara de Couceiro. Teu pai foi um grande homem.
Bons ventos sempre,
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HELIO
SOU SOBRINHO DE COUCEIRO , O NOSSO TIO
DOCA
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Tarciso,
O seu tio Doca era Docaralho! Tive o prazer de velejar com ele no Venestal de Seu Antonio na regata final do Campeonato de Vela Oceânica de Natal e, claro, conviver com o Velho Lobo do Mar nas várias vezes que passamos pelo Cabanga.
Boas lembranças…
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INICIAMOS NA Penguin CLASS
http://www.penguinclass.com/
COUCEIRO ERA O PROEIRO NUMERO 1 DA
http://www.lightningclass.org/
OS PATOREBAS – TAMBEM APANHAMOS MUITO PARA DOMINAR O LASER
VEJAM AI – ´
Slalom Laser 70´s
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Tarciso,
Grato por dividir suas experiências vélicas e lembrar do amigo Couceiro (que agora deve estar velejando com Maurício Castro lá no céu).
Bons ventos sempre,
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Torben Schmidt Grael para mim
mostrar detalhes 29 abr
Ola Tarciso,
Muito obrigado e obrigado tbm por estas interessantes informacoes .
Espero emu m futuro proximo estar partecipando da Refeno e podermos bater um bom papo.
Grande abraco, Torben
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Sailing Rod Stewart
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Que se cuide os Bahianos, o homem vem ai……..
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Tarciso,
Grato pelos vídeos, mas essa roupa de Torben na premiação tá mais pra ser usada no carnaval de Olinda, né não? Vamos torcer para ele participar da Refeno.
Bons ventos sempre,
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Hélio
A partida da Refeno foi muito emocionante , partiu Cardoso com o NETUNO , um trimarã muito ágil, com a gloriosa bandeira de Pernambuco a bombordo;
Veja ai o Projeto Grael, de Torben, muito bom!
http://www.projetograel.org.br/
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Tarciso,
Acompanhei pela net (tuíter principalmente) e deu pra sentir o clima pelas suas fotos quase online. Obrigado.
Pena que este ano deu pouco vento e prejudicou os multicascos. Pelas últimas notícias o Netuno tem problemas com a bolina e a vela de proa e está a 38 milhas de Noronha, com dificuldades de manter o rumo correto.
Bons ventos sempre,
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Hélio,
Veja o clip da REFENO 2009,
Bons Ventos…..
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Tarciso,
Valeu!!! Já que não fui este ano, adorei ver as imagens da grande festa que é a Refeno.
Bons ventos sempre,
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Vangelis – conquest of paradise
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Fernando de Noronha celebra 507 anos
Dizem que um dos primeiros a arribar para a ilha , foi Americo Vespucio em 1503
Certeza somente voces!
Bom sudeste!
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Este ano, as 300 milhas náuticas percorridas pelos participantes da XXII REFENO prometem ser uma festa ainda maior que as edições anteriores. O número recorde de inscrições
veja mais…….
http://www.refeno.com.br/refeno/
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Refeno
Começou a 22ª Regata Internacional Recife Fernando de Noronha
Velejadores partiram na tarde deste sábado rumo ao arquipélago
Brasil, Argentina, Estados Unidos, Portugal, Ilhas Virgens e Ilhas Caimã. Estes são os países que estão participando da Regata Internacional Recife Fernando de Noronha (Refeno), a mais importante prova do tipo na América Latina. A largada foi dada neste sábado, pontualmente às 15h, no Marco Zero, Recife Antigo Em sua 22ª edição, a prova atraíu todos os tipos de embarcações: veleiros de ponta, cruzeiristas amadores, veleiros de passeio e veleiros-escola. Cerca de duas mil pessoas acompanharam a partida de 138 barcos, que só devem começar a chegar na Ilha a partir das 15h desta segunda-feira.
Thatiana Pimentel – Superesportes PE
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Domingo, 26/09/2010 – 16:05:24
A Fita Azul é do Ave Rara!! Barco pernambucano recupera a Fita Azul na Regata Recife Fernando de Noronha 2010.
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Tarciso,
Grato pelos comentários. Continue nos informando sobre a Refeno e Noronha.
Feliz Natal a bons ventos sempre,
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http://ne10.uol.com.br/canal/esportes/outros-esportes/noticia/2011/09/23/xxiii-refeno-tem-participantes-ilustres-299471.php
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1 Ave Rara Lubrax 25:19:12
2 INDIGO 25:57:59
Domingo, 25/09/2011 – 14:51:15
Ave Rara é o Fita Azul, chegando as 14:49:12.
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http://www.refeno.com.br/refeno/ver_noticias.php?id=47
Quatro tripulantes contra treze. Multicasco de 36 pés versus monocasco de 82 pés. A experiência de 14 edições em confronto com a estreia na competição. Na apertada disputa entre o pernambucano Ave Rara e o carioca Índigo, o primeiro levou a melhor por muito pouco e terminou conquistando pela terceira vez o prêmio Fita Azul da Regata Internacional Recife-Fernando de Noronha. Comandando por Gustavo Peixoto, a embarcação de Pernambuco cruzou a linha de chegada na Ilha exatamente 25h19min12seg depois de deixar o Marco Zero. Já o barco comandado por Ivan Botelho, concluiu a travessia em 25h57min59seg.
Favorito desta 23ª edição da Refeno, o Ave Rara havia conquistado o prêmio também em 2010, com Gustavo Peixoto, e em 2004, com Vicente Gallo. Este ano o mar estava estava mais tranquilo do que no ano passado o que ajudou os velejadores. “Foi muito legal. A gente encontrou com ele por volta das 8h e ficou quase até a chegada disputando o Fita Azul. Eles deram muito trabalho”, explicou Guga. O comandante pontuou ainda que o bom tempo fez com que dessa a disputa mais detalhada tecnicamente; tudo foi minuciosamente pensado e executado.
Tripulante do Índigo, o campeão olímpico Torben Grael comemorou o objetivo atingido: eles conseguiram bater o recorde entre os monocascos, que era do Kea Uno, que fez 28h27min45seg, em 1998. “A gente diminuiu o recorde em 2h30. Está ótimo para o objetivo que a gente tinha e por ser a primeira regata do barco. Nada quebrou. Tudo funcionou bem”, afirmou ele que acumula cinco medalhas olímpicas, sendo o maior campeão da história vela.
A distância percorrida do Recife até Fernando de Noronha é de 300 milhas náuticas (545km). O recorde da competição é ostentado pelo veleiro baiano Adrenalina Pura, que em 2007 realizou a travessia em 14h34min54seg.
Na tarde do ultimo sábado, partiram 60 embarcações, que vão continuar chegando até a terça-feira. Cerca de 600 velejadores deverão desembarcar em Fernando de Noronha, transformando a Regata no maior evento do calendário da ilha.
A festa da premiação está marcada para a quarta-feira (28.09) no porto do arquipélago. Serão distribuídos troféus para as três primeiras colocações das onze categorias e seus subgrupos, bem como premiações inusitadas, como o Tartaruga Marinha – para o penúltimo lugar, por ter vencido o último – e os prêmios de barco com maior número de tripulantes femininos, tripulação procedente de local mais distante do Recife, o tripulante mais velho e o tripulante mais novo.
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Favorito desta 23ª edição da Refeno, o Ave Rara havia conquistado o prêmio também em 2010, com Gustavo Peixoto, e em 2004, com Vicente Gallo. Este ano o mar estava estava mais tranquilo do que no ano passado o que ajudou os velejadores. “Foi muito legal. A gente encontrou com ele por volta das 8h e ficou quase até a chegada disputando o Fita Azul. Eles deram muito trabalho”, explicou Guga. O comandante pontuou ainda que o bom tempo fez com que dessa a disputa mais detalhada tecnicamente; tudo foi minuciosamente pensado e executado.
Tripulante do Índigo, o campeão olímpico Torben Grael comemorou o objetivo atingido: eles conseguiram bater o recorde entre os monocascos, que era do Kea Uno, que fez 28h27min45seg, em 1998. “A gente diminuiu o recorde em 2h30. Está ótimo para o objetivo que a gente tinha e por ser a primeira regata do barco. Nada quebrou. Tudo funcionou bem”, afirmou ele que acumula cinco medalhas olímpicas, sendo o maior campeão da história vela.
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Tarciso,
Grato pelas notinhas sobre a Refeno deste ano, que, infelizmente, não pude participar.
Como você deve saber, estaou em um périplo pelo Centro e Nordeste do Brasil: Piri, Brasília, Jeri e daqui a pouco, os Lencóis Maranhenses.
Bons ventos sempre,
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