No meio do nada de lugar nenhum
O caminho mais fácil para velejar de Miame para Maceió é cruzando o Atlântico norte até perto dos Açores, para só então descer fazendo uma curva para a costa brasileira. É um semicirculo com correntes e ventos, quase sempre, a favor.
Nós fizemos isso com o catamarã Galileo, um St. Francis de 44 pés. Vendo os pontinhos diários que Mara plotou na carta 12 Internacional me lembrei que a posição 37º 47’N com 48º 44’W, foi o máximo que tivemos que subir a cata de vento. Naquele ponto estávamos com 4745 metros d’água embaixo da quilha, a meio caminho, pouco mais de 800 milhas, entre as Bermudas e a ilha de Flores no arquipélago dos Açores, ou a mil milhas da costa americana e a 1800 da africana. Nunca me senti tão inacessível, tão distante de terra. Foi o meu polo de inacessibilidade.
Um polo de inacessibilidade deve por definição ser perfeitamente equidistante de três pontos sobre a linha de costa. O polo oceânico de inacessibilidade fica no sul do Oceano Pacífico, na posição 48°52.6′S, 123°23.6′W, e tem o charmoso nome de Ponto Nemo. É o lugar mais distante de qualquer pedaço de terra do planeta, a pouco mais de 1.450 milhas náuticas de distância da Ilha Ducie (pertencente às Ilhas Pitcairn) a norte, de Motu Nui (um ilhéu junto à Ilha de Páscoa) a nordeste e da Ilha Maher (Antárctica) a sul.
Se um navegador solitário passar pelo Ponto Nemo, estará navegando no meio de 22.405.411 Km2 de oceano, uma área maior do que a União Soviética, e estará mais próximo dos astronautas na Estação Espacial Internacional do que de qualquer outro ser humano na face da terra. Pense numa solidão…
Ah sim, o Ponto Nemo ganhou este nome numa referencia ao Capitão Nemo do livro 20 mil Léguas Submarinas de Julio Verne e não por conta do peixinho animado da Disney.
Fontes: Wikipédia, GeoCuriosa
sim sou admiradora incondicional do maracatu de baque virado…
as emoções são inexplicáveis…
dificilmente uma nação de baque virado me desagrada…
e Porto Rico se descreve muito bem…
seu baque é o baque das ondas em maré cheia…
muito boa a indicação…
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Anne,
Tambem gosto do baque virado, na realidade de qualquer maracatu.
Tive o prazer de conviver com seus conterrâneos Lenine e Lula Queiroga, quando se mudaram para o Rio, que, juntos com a turma da Paraíba, faziam altos sons. Inclusive o maractu.
Boa época aquela…
Bons ventos sempre,
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Ei, falando de Maracatu por aqui….rsrsrs.
Já escutei muito a expressão “viver o Maracatu” e este é realmente o caso da Mara e do Hélio, mas é tb o nosso aqui em Sampa, em Recife e por tantos cantos, são realidades bem distantes mas certamente conectadas, não apenas pela blogosfera, mas pelas histórias e significados que as palavras carregam.
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Marcio,
Grato pelas palavras, bem-vindo a bordo.
Vou torcer para o Maracatu Porto de Pedra crescer mais ainda em Sampa para divulgar ainda mais este ritmo tão contagiante.
Sim, vamos “viver o maracatu” e bons ventos sempre,
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