5 programas obrigatórios em JP
Vamos começar por uma visita à Estação Ciências, Cultura e Artes, um projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, fincado no altiplano do Cabo Branco. O espaço é tão bacana que o governo do Estado da Paraíba já está construindo um anexo, do outro lado da estrada para o Litoral Sul, de quase o dobro do tamanho do original.
A orla da Paraíba se estende por pouco mais de 130 km de muitos cantinhos para curtir a preguiça à beira-mar. Um passeio de bugue pelas praias do Litoral Sul de João Pessoa é programa imperdível. Da Ponta do Seixas, “onde o sol nasce primeiro”, ao Rio Goiana, são 43 quilômetros de praias protegidas por arrecifes, leia-se piscinas naturais de águas mornas, espremidas por altas falésias e muito verde. A Praia Bela é uma delas. Mas tem outras mais belas ainda: Jacumã é a de maior muvuca, Carapibus é a mais desenvolvida da região – já tem até um resort, o Mussulo –, sua vizinha Tabatinga tem o visual mais bonito, enquanto Coqueirinho oferece um monte de barracas pé na areia. Já Tambaba é um caso à parte: é a mais bonita, mas fique logo sabendo que homens desacompanhados não entram – certo ou errado, é regra básica em muitas praias naturistas do Brasil.
Reserve a maior parte do tempo no Litoral Sul para a barraca do Zezinho em Barra de Gramame. A prainha tem somente uma vila de pescadores. De um lado tem a foz do Rio Gramame, que em sua barra forma uma piscina natural – quente naturalmente –, separada do mar por um banco de areia. Do outro, são algumas barracas espalhadas entre um coqueiral e as falésias vermelhas. José Santana de Souza, o Zezinho, se tornou famoso na área por domesticar… caranguejos! Com muito tempo livre, ele ficava vendo os bichinhos soltos, andando de lado pela casa, quando teve a ideia de treinar os guaiamus. Os que não aprendem vão pra panela com leite de coco e são verdadeiros pitéus. Eu, que sou comodista, em vez de me lambuzar quebrando a casca dura do bicho, prefiro na forma de caldinho, os famosos “ensopadinhos” paraibanos (tem também de peixe, ostra, camarão e, claro, feijão).
Não vamos esquecer o por do sol no Jacaré, a famosa praia do Rio Paraíba, que está no município de Cabedelo, mas é “emendado” com João Pessoa. Na ultima vez que estive de barco por lá, passei quase quatro meses. No fim desse tempo já não aguentava mais escutar o Bolero de Ravel, a música tocada por Jurandir do Sax todos os dias, ao entardecer, desde 1999. Jurandir entrou para o Guiness, foram mais de quatro mil apresentações, acredito que ele tocou o Bolero mais que o próprio Ravel. Mesmo assim, ainda emociona.
O Mangai deixou de ser apenas um restaurante para ser um dos pontos turísticos de João Pessoa. O almoço lá é uma perdição, você escolhe o que comer em quase 100 variedades, se descontrola e quando vai pesar o prato pode chegar fácil-fácil a um quilo: tem ricota catolé, gororoba de carne de charque, carne de sol com nata de leite, suvaco de cobra, queijo coalho assado e mais uma penca de quitutes.
A foto ao lado, tirada pelo colega blogueiro Nelson, do Diário do Avoante, foi tirada no Mangai de Natal, mas a rede está se expandindo a passos largos, hoje já tem um pé em Brasília e daqui a pouco tem outro em Miami.
As fotos são antigas, de outros carnavais, mas os programas são atuais. Eu recomendo.
Suvaco de cobra???? Que raio é isso, oh grande guru?!
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Gororoba de charque eu até imagino o que pode ser, mas o suvaco da cobra eu não consegui encontrar.
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Rapaiz, foi ver o neto e nenhuma, nenhuminha foto da criança? Fala sério vô! Cadê a foto do menino???????
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Juca e José,
O suvaco de cobra, que não tem nada de cobra, eu garanto, é como a paçoca – é uma iguaria preparada com carne de sol moída com bastante cebola e milho.
Eu recomendo.
Miroca,
Já publique uma fotinha do Miguel aqui: http://maracatublog.com/2012/01/18/miguel-chegou/
As outras te mostro pessoalmente. Posso garantir que ele está muito fofinho.
Bons ventos sempre, pros três
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