Mar Negro 2011 – Estamos na Crimeia
Enfim férias! Não ria, você já sabe que férias é quando saímos do barco e fazemos alguma viagem por terra. Enquanto meu comandante Aleixo visita seus parentes em Merefa, sua cidade natal, nós estamos explorando um pouco, serão meros 5 dias, a Península da Crimeia.
Saímos de Odessa nos primeiros minutos de quarta-feira 15. Pegamos um trem e 12 horas depois – esse tempo daria pra cruzar o Atlântico de avião! – desembarcamos em Sinferopol, a capital da Crimeia. A viagem foi barata (12 dólares pp) e muito confortável. A cabine tem dois beliches, dormi a noite inteira e fiquei na cama até as 11 horas da manhã, um luxo que não me dou faz muito tempo.
O trecho de Sinferopol até Yalta, já na beira do Mar Negro, pode ser feito de ônibus elétrico, ou elektrychka. É o maior trecho do mundo servido por um trolleybus, e o mais lento também. Foi a maior roubada, apesar da vista das montanhas ser deslumbrante, levamos duas horas e meia pra fazer 85 km. E pior: num elektrychka cheio, sem poder nem mexer as pernas e sentados num banco duro como pedra. Entre um cochilo involuntário e uma soneca proposital, me contentei com o visual e a tentar entender o sistema de ultrapassagem nesse transito pesado. É, no mínimo, curioso: a faixa é no meio da estrada e é divida pelos veículos nos dois sentidos.
A cidade de Yalta é um balneário desde o século 19. No inicio exclusivo à aristocracia russa, mas agora recebe qualquer plebeu que tenha alguma hvrina (a moeda local, pronuncia-se grivna) para gastar. Como é o nosso caso: estamos no Park Hotel Yalta, o mais luxuoso quarto de hotel em que já botei os pés (770 hvrinas a diária do casal com café da manhã, o que vale R$154). Vale notar que as opções mais em conta, apesar de estamos no inicio da temporada, estavam lotadas.
Pra melhorar o que já está bom, depois de fotografar a Lua nascendo por trás do farol, notei uma mancha crescendo em sua parte inferior esquerda. Foi o eclipse total mais espetacular que já presenciei. Fiquei quase três horas sentado num barzinho na beira da praia, se é que podemos chamar assim a estreita faixa de brita, numa agradável noite sem nuvens e podendo fotografar com a câmera apoiada no parapeito de madeira. Aí no Brasil, quando a Lua apareceu o evento já estava em seu máximo. Se o relógio da câmera está correto, o eclipse começou às 22:30 (16:30 no horário de Brasília) e durou três horas e quarenta minutos. Mas tem mais: alguém descobriu que estávamos em Yalta e encomendou uma queima de fogos digna de réveillon em Copacabana.
Agora estamos em Sebastopol, onde a Rússia mantém sua esquadra, depois faremos uma paradinha para visitar o castelo de Khan, em Bakhchysaray, antes de tomar o trem de volta. Eita vida dura!
PQP, Mara mais Helio, se a inveja é uma merda, estou cheio dela…mas da boa inveja, naturalmente. Bela viajem e belas fotos. Dona Mara parece uma Czarina em seu quarto de luxo no hotel destinado aos nobres. Cuidado com os bolcheviques !!!
O Maracatu está ótimo aqui nesse outono espetacular do Bracuhy.
Saudades e boa viagem.
Ivan mais Egle
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e a coca cola está presente. que mundinho globalizado.
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Oi, como estão? As fotos estão maravilhosas. Bela viagem. Um grande abraço, saudades, Ivany e Janjão
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Que viagem maravilhosa, parabéns por estarem nela!
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Helio e Mara,
para os viajantes de sensibilidade, e de bom coração, nada é por acaso. Nem mesmo o eclípse!!!!..rsrs
Aproveitem.
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Hélio, fotos espetaculares! Tudo de bom para vocês. Já estou no Barcuhy, com o Tinguá, para o encontro da ABVC.
Abraços,
BeltrÃo
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